"Marcas do Tempo"...
O Júri da 5ª Corrida Fotográfica de Monchique, realizada em 12 de Setembro de 2009, atribuiu o 1º prémio do tema "Marcas do Tempo" a esta fotografia.
Obrigado.
O pôr-do-sol é sempre um espectáculo a não perder.
A Praia da Amoreira, no nosso vizinho concelho de Aljezur, é uma das preferidas de alguns de nós. Com toda a razão.
Para além da sua beleza natural, das suas águas límpidas e da sua localização fora do bulício da costa sul do Algarve, pode-se retardar o regresso a casa e disfrutar dum pôr-do-sol magnífico seguido dum crepúsculo indescritível.
Foi o que fiz numa tarde destas, já de Outono, mas ainda com temperaturas que desafiam o Verão recentemente terminado.
Nada melhor para descontrair do que assistir ao pôr-do-sol na Praia da Amoreira.
A borboleta cauda-de-andorinha é uma das mais vistosas.
A borboleta cauda-de-andorinha (papilio machaon) não é das mais frequentes mas é, seguramente, uma das mais vistosas que por cá aparecem.
Nos últimos dias deste Verão, apesar das flores já não abundarem, esta ainda esvoaçava pela encosta norte da Fóia aproveitando um dia de grande luminusidade e muito calor.
O escaravelho da batateira tem um apetite voraz. Come de noite e de dia.
O escaravelho da batateira (Leptinotarsa decemlineata), na sua fase larvar, é o arqui-inimigo do produtor de batatas.
Nos batatais que não sejam 'tratados' com o pesticida adequado, aparecem aos milhares e consomem todas as partes verdes da batateira, dum dia para o outro, no seu voraz apetite de 24 horas por dia.
À distância, parecem pequenos morangos maduros, mas, ao perto, têm este aspecto até se transformarem naqueles vistosos besouros amarelos com listas pretas que, em pouco tempo e enquanto houver batateiras verdes, irão dar origem a uma nova geração....
Os besouros acasalam e começam a pôr ovos na face inferior das folhas da batateira.
No Verão, as amoras silvestres surgem aos cachos por todo o lado.
A silva, um arbusto que tantas vezes nos importuna com os seus picos, também nos brinda com um fruto interessante.
Não tem grande utilidade nem é muito apreciado, mas não deixa de ser agradável olhar para um silvado, no rigor do verão, e observar quão bonita esta planta é, carregada com os seus frutos que produz em grande quantidade.
De facto, os agricultores tradicionais costumavam dizer que para algumas plantas infestantes não havia mau tempo. Esta era uma delas.
Na minha juventude, havia o hábito de comermos estas amoras, mais por graça do que pelos seus atributos. E sabiam bem...
Embora se assemelhem ao fruto da amoreira, nada têm a ver com ela.
Ao solposto, por vezes, veêm-se flamingos na Ria de Alvor.
Há um bando de flamingos - reduzido, diga-se - que costuma aparecer pela Ria de Alvor.
No fim de tarde dum dia solarengo, parei por uns momentos observando-os a tomarem a última refeição do dia, até que este decidiu levantar voo, sòzinho, e seguir uma rota frontal ao sol que se escondia por detrás dos arbustos.
Interior da Mesquita/Catedral de Córdoba.
A Mesquita de Córdoba, com mais de mil anos de existência, - transformada em Catedral Católica desde a conquista da cidade pelos cristãos, no século XIII - é uma das obras mais significativas da arquitectura árabe na Península Ibérica.
Chegou a ser a terceira maior mesquita do mundo, sendo superada apenas pelas de Meca e de Casablanca. Nesses tempos, Córdoba era considerada a cidade mais próspera da Europa.
Certamente já todos a visitaram, mas nunca é de mais realçar a sua grandiosidade e beleza, e expressar a admiração que sinto por tão doutos engenheiros e arquitectos de antigamente.
A torre da Mesquita/Catedral de Córdoba por entre as plantas do seu jardim.
Na Primavera, os melros fazem ninhos até à nossa porta...
Os melros nidificam em todo o lado, até mesmo à nossa porta em qualquer planta que lhes agrade para o efeito. Não é o caso deste ninho, que encontrei num bosque, bem longe do mundo citadino, em cima duma pequena oliveira, a não mais de dois metros de altura.
Para além do canto melodioso, das penas pretas brilhantes e do bico amarelo do macho, na época de reprodução, outra coisa que sempre me cativou nesta ave tão abundante no campo e na cidade são os seus ovos, que a fêmea põe num ninho bem arquitectado, embora não tão confortável como o de outras pequenas aves.
A sua tonalidade de azul é algo que me encanta.
O Noitibó é uma ave nocturna que poucos conhecem
Há por cá duas variedades de Noitibó. Um é o europeu ou cinzento, o outro é o de nuca vermelha. Dizem que são muito parecidos. Não sei se estão representados nestas duas fotografias.
O que sei é que são aves nocturnas que se alimentam de insectos que apanham em vôo - repare no tamanho desproporcionado da boca e nos "bigodes" à sua volta que lhes facilitam essa actividade... - e que o seu canto é um pouco estranho, fazendo lembrar a vibração dos ralos em noites de calor ou mesmo o coaxar das rãs.
O seu nome científico - caprimulgus - terá a ver som a crença dos antigos de que ordenhava as cabras durante a noite e o seu mimetismo é do mais perfeito que se possa imaginar. De dia, é quase impossível descobri-los.
Põem os ovos directamente no chão, numa pequena cova, sem fazer ninho e há quem diga, por desconhecimento, que os transportam entre as patas quando voam..
O Noitibó pode ver-se no campo nas noites de verão